Quando o evitativo reaparece, o coração se agita e a mente volta a correr atrás de sentido. Mas a verdade é que o texto inesperado raramente fala de mudança. Fala de desconforto. De solidão, culpa ou nostalgia. É um gesto que busca conforto, não reconexão. E o instante em que a tela acende é o seu teste: não é hora de responder, é hora de pausar. A pausa é a prova da cura. O silêncio que existe entre o impulso e a ação é o espaço onde você escolhe entre repetir o passado ou proteger o que construiu. O evitativo volta para medir se ainda tem acesso ao que um dia o acolheu. Mas o que eles chamam de saudade é, muitas vezes, apenas o medo do vazio.
O segredo é não romantizar o retorno. Se o tempo passou, mas os padrões não mudaram, nada mudou. E você não precisa aceitar migalhas de afeto como se fossem promessas. O amor que exige que você se diminua para caber não é amor, é hábito.Responder de forma madura não é frieza, é respeito por si mesmo. Às vezes, a resposta mais elegante é nenhuma. Outras, basta uma frase curta e clara: “desejo o melhor, mas sigo em frente”. O importante é não entregar novamente o poder de regular suas emoções a quem não soube cuidar delas antes.
A verdadeira libertação não é sobre fechar a história com palavras, e sim com consciência. Quando você entende que não precisa ser validado por quem o feriu, o passado perde o poder de defini-lo. A mensagem não é um recomeço, é um lembrete. Ela mostra o quanto você cresceu, o quanto a paz se tornou o seu novo padrão.
06 outubro 2025
Sobre o poder de não responder
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