Tratar a vida amorosa e as pessoas como um hobby pode parecer uma abordagem mais leve, mas, na verdade, esse tipo de "hobby" costuma acabar drenando mais energia do que qualquer outra coisa. Ficar pensando no que a outra pessoa sente, faz ou deveria fazer é uma maneira bem confortável de evitar olhar para dentro de si, de confrontar suas próprias paixões, imperfeições e propósitos. Um relacionamento saudável, na verdade, deveria ser o oposto: um espaço seguro e estável que proporciona paz, permitindo crescer, explorar talentos e desenvolver projetos. E quando não há um relacionamento, essa paz deve vir de dentro. A vida amorosa não precisa dominar seu tempo nem causar estresse. O espaço que damos ao outro deve ser proporcional ao interesse e à reciprocidade que ele demonstra, crescendo de forma natural e equilibrada. Enquanto isso, seu tempo e energia podem ser direcionados para coisas que realmente constroem: seguir objetivos que trazem sentido e movimento à vida. Porque as verdadeiras paixões não se restringem apenas às pessoas; elas também estão nos projetos, na fé e até nas reflexões sobre o que significa viver plenamente.
No fim das contas, a vida amorosa não deve ser vista como um passatempo que consome sua energia, mas como um espaço de descanso e edificação, onde o afeto agrega, em vez de esgotar. Se não for assim, talvez o que chamamos de amor esteja apenas ocupando o lugar da dedicação que deveríamos ter a nós mesmos.
11 setembro 2025
Sobre tratar pessoas como hobby
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