Tudo o que vem do acaso é instável. Pode subir rápido, pode encantar, mas quanto mais alto se ergue, mais provável é a queda. A vida mostra isso de muitas formas: relações que nascem intensas e desaparecem sem explicação, conquistas que chegam de repente e se desfazem no mesmo ritmo, pessoas que surgem como se fossem eternas e somem como se nunca tivessem existido. O acaso cria espetáculos, mas não constrói raízes. O que permanece não é o que chega sem aviso, mas aquilo que é escolhido todos os dias. O vínculo verdadeiro se revela no compromisso silencioso, na presença constante, na decisão de ficar mesmo quando não há encantamento ou facilidade. A diferença entre o que se sustenta e o que se desfaz está na escolha, e não na sorte.
E no fim, tudo se resume a isso: o acaso pode até te surpreender, mas só a escolha diária sustenta. Só a presença constante constrói. O que vem de repente pode até encantar, mas não é nele que você deve confiar. Então, quando algo surgir na vida com força inesperada, é preciso perguntar: existe raiz aqui ou só vento? Porque a diferença entre se deslumbrar e se decepcionar está justamente nessa resposta.
10 setembro 2025
Sobre o peso do acaso
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