Dizer não para alguém pode realmente mudar tudo. Às vezes, simples não é o que faz a superfície rachar e a verdadeira essência da pessoa aparecer. O que antes parecia estar tudo bem pode de repente virar um conflito, como se colocar um limite fosse uma ofensa séria. Não é só sobre a palavra em si, mas sobre a liberdade que ela representa. Nesse momento fica evidente que muitas pessoas não valorizam quem você é, mas o que podem ter de você. Elas gostam da sua disponibilidade, da sua flexibilidade, de como você se molda ao que elas precisam. Mas quando você se afirma como indivíduo isso incomoda, porque o não quebra esse controle. Ele reafirma que você não está aqui só para atender às expectativas dos outros.
Quem realmente ama não tem medo da liberdade do outro, teme é causar dor. Um vínculo verdadeiro não se baseia na conveniência, mas no respeito. Por outro lado, quem gosta só da sensação de poder que você proporciona vê o não como uma ameaça, um crime. Esse tipo de relação não é amor; é apenas utilitarismo disfarçado.
Recusar não significa afastar, significa revelar. O não não destrói conexões; ele apenas mostra quais eram genuínas e quais eram mantidas pela vantagem de ter você sempre disponível. É um filtro que pode doer, mas que também traz liberdade.
08 setembro 2025
Sobre negativas e utilitarismo
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